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Um meteoro de grandes dimensões iluminou o céu de Portugal e Espanha na noite de sábado, causando espanto e admiração em milhares de pessoas que presenciaram o fenômeno. O clarão, descrito como uma "bola de fogo" com tons esverdeados e azulados, foi avistado por volta das 23h50 (horário local) e pôde ser visto em grande parte do território continental português.
O evento astronômico, ainda sem explicação oficial, foi registrado em diversos vídeos e relatos nas redes sociais, mostrando o meteoro cruzando o céu em alta velocidade e deixando um rastro luminoso. Chegou-se a cogitar que a queda do objeto espacial teria ocorrido em Castro Daire, distrito de Viseu, em Portugal.
Entre as testemunhas do fenômeno está o correspondente internacional e cientista Fabiano de Abreu, diretor do jornal Paivense. "Eu estava conversando com o meu enteado sobre a força necessária para mover um objeto no espaço usando a lei de Newton e de repente vimos um clarão esverdeado intenso", relatou Abreu. "Dava a impressão de ter caído na serra, que dá para vê-la de onde estou. Mas não sei ao certo se desintegrou-se ou realmente é um meteorito, um fragmento ainda não encontrado", completou o cientista e jornalista.
"A cor verde e azul do bólido sugere a presença de magnésio em sua composição, que reage ao entrar na atmosfera terrestre. O atrito com a atmosfera causa um intenso aquecimento e pode levar à desintegração do objeto. Embora seja possível que fragmentos tenham sobrevivido e caído em solo, a observação visual sugere que o bólido tenha se desintegrado completamente durante sua passagem pela atmosfera." finaliza o cientista.
Nuno Peixinho, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e da Universidade de Coimbra, explicou à agência portuguesa Lusa que o meteoro visto em Portugal é um fenômeno comum, com 50 mil toneladas de poeira espacial caindo na Terra anualmente. Uma rede de câmaras em Portugal e Espanha registra esses eventos para determinar se houve queda e calcular o local.
Peixinho enfatizou que não há motivo para alarme e que é improvável que um meteoro caia em alguém ou em algo em Portugal. Embora seja possível que fragmentos tenham caído, encontrá-los pode ser uma questão de sorte ou persistência.
O astrofísico concluiu que meteoros que produzem um clarão como o observado são raros, e quanto maior o tamanho, menos frequentes são.
FONTE - MF PRESS GLOBAL